sábado, 27 de fevereiro de 2010

Terremoto no Chile

 por Gustavo
A litosfera do planeta é extremamente instável, especialmente nas zonas de contato entre as placas. A imagem abaixo mostra o Círculo de Fogo do Pacífico, sendo que o epicentro da imagem se refere ao tsunami de 2004. O que está em vermelho são as áreas que mais têm tectonismos ou vulcanismos, justamente por estarem nessas áreas de contato.

O terremoto no Chile foi motivado pela dinâmica convergente das placas da região ou, em outras palavras, uma placa (a de Nazca, sob o Oceano Pacífico) está sendo tragada pela outra (a Sulamericana).

Existem outros tipos de tremores, como o que atingiu Minas Gerais anos atrás, mas são consequências de uma acomodação da terra, e não do choque entre as placas. Dentro da lógica terrestre, os tremores não são anomalias, são dinâmicas naturais que ajudaram a dar a forma que o relevo terrestre possui - os chamados processos endógenos.



Assim sendo, comparando os tremores que atingiram o Haiti algum tempo atrás e o Chile ontem, observamos que os do Chile foram 32 vezes superiores aos do Haiti, mas aparentemente o Chile conseguiu lidar melhor com os tremores, já que a destruição não teve a mesma proporção que a que houve na placa caribenha, o que ajuda a reforçar a ideia de que a tragédia do Haiti foi provocada mais pelas más condições de vida (fragilidade das casas, por exemplo) do que pelo próprio tremor.


Eu gosto da ideia de que países próximos a zonas sísmicas deveriam evitar prédios com mais de cinco andares, mas existe um país que mostra que a tecnologia pode ajudar a suportar os terremotos: Japão. Mesmo sendo um país que surgiu pelo contato entre quatro placas, os amortecedores instalados nos prédios permitem o desenvolvimento vertical das cidades sem que isso represente um risco aos seus habitantes.

Em tempo: o terremoto no Chile foi provocado por movimentos orogenéticos, aqueles que atuam em pequenos pontos e provocam o soerguimento das camadas rochosas instáveis, sendo responsáveis pelo surgimento das grandes cadeias montanhosas. Os processos orogênicos são diferentes dos epirogênicos, que são mais lentos e abrangem grandes áreas, sendo capazes de produzir as feições mais largas do relevo, tais como continentes, bacias oceânicas e planaltos grandes.

2 comentários:

  1. pow mestre...epirogenia formou a Escarpa da Serra do Mar, q é uma falha.

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  2. Caramba.. postei uma grande resposta aqui e o Blogger deletou. Que beleza..

    Dei uma lida na página 36 do "Geografia do Brasil", de Jurandyr Ross, e vc tem razão, motivo pelo qual eu alterei o texto.

    Apesar disso, eu entendo que é muito raro que epirogenias formem falhas, já que suas forças são bem distribuídas sobre largas porções de terras.

    Abraços,

    Gustavo

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