domingo, 22 de janeiro de 2012

Foucault, SOPA, PIPA, Cracolândia e Pinheirinho

Filii tui
Na via crucis
Per mare nostrum navigare
Tom Zé, Sonhar (Sonho da Criança-Futuro-Bandido da Favela, na Noite de Natal)


Na minha graduação, tive a oportunidade de entrar em contato com alguns autores muito bons, como Michel Foucault. Em seus livros, como o Vigiar e Punir, ele trabalha (grosso modo) com a evolução das punições aplicadas, desde aquelas que agiam sobre o corpo até as modernas, que têm por função a reinserção do indivíduo à sociedade, sendo que tal evolução se deu necessário para que o criminoso se mantivesse criminoso, enquanto que a Justiça não seria mais confundida com o Carrasco - assim sendo, o fim da ostentação dos suplícios.

Imagens da Antártida

Meu amigo uruguaio, Andrés Martínez, está na base uruguaia na Antártida.
De lá, ele tirou algumas fotos preciosíssimas, que humildemente compartilho aqui.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Geólogos descobrem na Austrália mineral que era encontrado somente na Lua


Por Elis Jacques
O tranquillityite, que anteriormente havia sido encontrado somente nas mostras rochosas lunares, foi detectado na Austrália depois de mais de 40 anos desde a sua identificação na Lua. O nome vem do Mar da Tranquilidade, superfície em que o mineral estava quando foi encontrado pela primeira vez na expedição da Apolo 11 de 1969.
Após dois anos da descoberta do tranquillityite nas mostras rochosas australianas, especialistas confirmaram somente agora que ele é igual ao achado na Lua. Ele aparece em quantidades pequenas e não possui valor econômico, mas poderia ser utilizado para determinar a idade das rochas das quais foi encontrado.
Sua descoberta foi ao acaso, enquanto cientistas analisavam rochas para detectar elétrons. O tranquillityite é de cor marrom avermelhada com composição principal de sílica, zircônio, titânio e ferro, localizado até agora em seis locais com rochas ígneas da Austrália.

Fonte: MundoGeo

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O número de homicídios no Brasil é maior que o número de mortos em guerras

Acabei de ler uma reportagem muito interessante sobre um estudo que conclui que a média de homicídios no Brasil é superior ao de mortos em guerras. Aponta também algumas mudanças na evolução da violência urbana, com Belém saindo do 21º lugar (2000) para o 3º (2010).

Algumas coisas poderiam ter sido ditas, já que eles ficam numa análise um tanto quanto superficial em alguns momentos; de acordo com eles, "o investimento em segurança nas grandes capitais e suas regiões metropolitanas, fazendo com que parte do crime organizado migrasse para áreas de menor risco".


Oras, a criminalidade se expandiu rumo ao interior por uma série de fatores. Primeiro, e mais importante: a própria lógica do capitalismo prevê a busca pela expansão. Em segundo lugar, a ilegalidade recompensa, não importando se abordamos a grilagem de terras ou o tráfico de drogas. É a ilegalidade que faz com que policiais recebam subornos, militares voem clandestinamente à Bolívia para trazer drogas, juízes soltem corruptos com acelerada velocidade (lembram-se dos habeas chorpus dado ao Daniel Dantas?) e, principalmente, a juventude veja possibilidade de ganho material.

O que faltou ao estudo foi apontar que temos um quadro de fratricídio no Brasil. Quem são os mortos? Se analisarmos as mortes causadas por fatores externos (armas brancas, armas de fogo etc., excluindo as doenças), vemos que a maior parte dos corpos são de homens, pardos ou negros, de 15 a 29 anos e de classes menos abastadas, características que são também de seus algozes (por isso o uso do termo fratricídio). Aliás, como bem disse um amigo meu, há três classes sociais no Brasil: os abastados, que tudo tem; a classe média, que sonha em subir socialmente; e os bastardos, que não têm direito a nada e, de acordo com a ótica das outras classes, deveria se resignar ao pouco.

Ainda que seja uma visão exótica dos fatos, ajuda a entender muito bem o porquê de termos matado tantas pessoas em tão pouco tempo e isso permanecer silencioso. A maior parte do 1,09 milhão de mortos em 30 anos são considerados sem importância social.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

E o direito à contravenção?

Acabei de ver o vídeo, e além de achar engraçado, achei muito simbólico.



Aquela imagem que se exibe de Israel está sendo desmontada. Não há coesão interna, já que os ortodoxos estão ganhando os holofotes mundiais e Israel já não é exemplo de como se tratar as mulheres. Ademais, há tempos, tenho lido que os sefarditas jovens esboçam contestações em relação à política regional israelense. Aparentemente, existe um choque entre a velha guarda (sobreviventes das guerras árabes-israelenses) e a jovem guarda (os que começam a reivindicar políticas de integração regional).