domingo, 28 de fevereiro de 2010

Parece que foi há mil anos ..

As pessoas estavam preocupadas com a gripe suína.

Engraçado como essa doença foi muito temida e, do nada, desapareceu do noticiário.

Esses nossos ancestrais, quem os entende? 

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Depois de ler os comentários da Nagy, lembrei deste vídeo.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Terremoto no Chile

 por Gustavo
A litosfera do planeta é extremamente instável, especialmente nas zonas de contato entre as placas. A imagem abaixo mostra o Círculo de Fogo do Pacífico, sendo que o epicentro da imagem se refere ao tsunami de 2004. O que está em vermelho são as áreas que mais têm tectonismos ou vulcanismos, justamente por estarem nessas áreas de contato.

O terremoto no Chile foi motivado pela dinâmica convergente das placas da região ou, em outras palavras, uma placa (a de Nazca, sob o Oceano Pacífico) está sendo tragada pela outra (a Sulamericana).

Existem outros tipos de tremores, como o que atingiu Minas Gerais anos atrás, mas são consequências de uma acomodação da terra, e não do choque entre as placas. Dentro da lógica terrestre, os tremores não são anomalias, são dinâmicas naturais que ajudaram a dar a forma que o relevo terrestre possui - os chamados processos endógenos.



Assim sendo, comparando os tremores que atingiram o Haiti algum tempo atrás e o Chile ontem, observamos que os do Chile foram 32 vezes superiores aos do Haiti, mas aparentemente o Chile conseguiu lidar melhor com os tremores, já que a destruição não teve a mesma proporção que a que houve na placa caribenha, o que ajuda a reforçar a ideia de que a tragédia do Haiti foi provocada mais pelas más condições de vida (fragilidade das casas, por exemplo) do que pelo próprio tremor.


Eu gosto da ideia de que países próximos a zonas sísmicas deveriam evitar prédios com mais de cinco andares, mas existe um país que mostra que a tecnologia pode ajudar a suportar os terremotos: Japão. Mesmo sendo um país que surgiu pelo contato entre quatro placas, os amortecedores instalados nos prédios permitem o desenvolvimento vertical das cidades sem que isso represente um risco aos seus habitantes.

Em tempo: o terremoto no Chile foi provocado por movimentos orogenéticos, aqueles que atuam em pequenos pontos e provocam o soerguimento das camadas rochosas instáveis, sendo responsáveis pelo surgimento das grandes cadeias montanhosas. Os processos orogênicos são diferentes dos epirogênicos, que são mais lentos e abrangem grandes áreas, sendo capazes de produzir as feições mais largas do relevo, tais como continentes, bacias oceânicas e planaltos grandes.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Crônica urbana

por Gustavo
E o céu se fechou em nuvens escuras e ameaçadoras. Ninguém ficou com medo, já que a chegada do verão normalmente as trazia.

Brisa virando vento, como se desse início à contagem regressiva. Vento virando vendaval, vendaval virando carros enquanto a água transformava, da forma mais caótica possível, a cidade em massa de modelar. Mas estava tudo certo, a cidade cresceu desse jeito, cresceu ignorando a força da natureza, de forma que todos maldiziam a chuva, embora já estivessem acostumados a ela.

A câmera de TV, que transmitia em HDTV, mostrava (para cidadãos em suas casas) que havia cidadãos que, por estarem em suas casas, correram riscos de morte. Na telinha, um preto-pobre-doente era levado até uma ambulância. O apresentador se exaltou, confundindo com camburão aquilo que cuidava do preto-pobre-doente, que àquela hora era visto somente como preto-pobre, e pediu sua prisão, como se fosse ele culpado pelas tragédias ocorridas.

E assim se fez.

História dos sanitários no Brasil

por Gustavo
Recebi por e-mail e achei bem interessante, há uma grande riqueza em imagens.

Lembro de uma aula de Metodologia do Ensino de Geografia II (aula lamentável, a professora chegou a ficar uma hora sem falar nada, na frente de todos, enquanto se preparava para falar).  Apesar de alguns sintomas de falta de credibilidade, foi falado que, em algumas fazendas de café paulistas, dentro das casas grandes, os sanitários eram feitos de tal forma que os dejetos se depositavam diretamente nos chiqueiros, servindo de alimento para os porcos.

Pensando pelo lado bom, não havia necessidade de fossas sanitárias. Por outro lado, eu não comeria aqueles porcos.. enfim, a seguir, a apresentação (perdoem-me a repetição do verbo cagar e suas variações. Como eu disse anteriormente, eu apenas recebi em meu e-mail).

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Nunca vi um muçulmano ou árabe elogiar a Al Qaeda

Já estive em sete países árabes, sem falar na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Conversei com pessoas de todas as faixas etárias e condições econômicas. Também conversei com muçulmanos e árabes no Brasil e nos EUA, onde vivo atualmente. Não sou destes jornalistas que apenas leem o que outros escrevem, sem ir para o campo trabalhar, escutar, entrevistar, observar. E, em todo este tempo, jamais vi alguém elogiar Al Qaeda. Todos consideram a rede terrorista maléfica para os muçulmanos, apenas prejudicando a imagem do islã. O mesmo ocorre em editoriais de jornais na região. Todos condenam os seguidores de Bin Laden pela mortes de dezenas de milhares de muçulmanos no Iraque e no Afeganistão. A Al Qaeda é uma organização marginal, combatida por todos os governos de países islâmicos do mundo. Desde a queda do Taleban, ninguém apóia este grupo. Aliás, até mesmo no Líbano, e agora no Yemen, estes terroristas foram combatidos duramente.

Esta história de choque de civilizações é imbecil. O islã não está em guerra com o ocidente. Apenas um grupo marginal, que se denomina Al Qaeda, realiza operações tanto contra países ocidentais como contra países muçulmanos. A Guerra do Iraque não foi uma guerra do ocidente contra islamismo, já que Saddam Hussein liderava um regime secular – seu vice, Tariq Aziz, era cristão. O Taleban realmente seguia uma corrente radical do islamismo, que não representa de forma alguma o pensamento da maioria da população islâmica. E, para completar, o Taleban não atacou o ocidente antes, mas deu guarida a membros da Al Qaeda. Lembro que, no entanto, a maior parte dos responsáveis pelo 11 de Setembro moravam no dito ocidente.

Aliás, o que quer dizer ocidental? Dubai é ocidental? E o bairro cristão de Ashrafyeh, em Beirute? O que dizer da Turquia? Samuel Huntington, inclusive, não colocava o nosso Brasil entre os países da civilização ocidental – aliás, ironicamente, colocava a Espanha e a Argentina em grupos diferentes.

A Al Qaeda não representa o islamismo. Esta história não cola mais. Tampouco o Irã representa o islamismo. Trata-se de uma ditadura que não desfruta da simpatia de muitos clérigos locais. A Al Qaeda também não tem nada a ver com os palestinos. Em primeiro lugar, jamais atacou Israel, que, na lista da organização, é um inimigo de menor importância do os EUA, Arábia Saudita e Irã. Em segundo lugar, seus líderes não são palestinos. Para completar, até mesmo o Hamas andou combatendo a organização dentro da Faixa de Gaza.

Depois do 11 de Setembro, é verdade, o grupo contava com simpatia. Agora, não tem mais. Vale a pena ler a reportagem de capa da Newswek dizendo que Bin Laden perdeu a guerra e como ocorreu este declinio.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Lunar (Moon)

por Gustavo
No final do ano passado, ouvi falar desse filme, mas naquele momento, apesar das minhas buscas (que duraram dias) em sites de torrents, não consegui achar o filme. Cheguei até a baixar Wall-E (filmaço!) nomeado erroneamente como Moon nessa tentativa infrutífera.

Moon é um filme de ficção científica muito bem feito que se passa em um futuro distante (não existe localização temporal, o que permite afirmar que se passa em um momento que não faz parte do nosso passado) em que a Humanidade passa a ocupar a Lua para obter a maior parte da energia que precisa (energia solar hélio 3, depositada na superfície lunar, encapsulada e enviada para a Terra). A partir dessa energia, a humanidade resolveu os problemas de crescimento sustentável, aquecimento global, etc. Em seu funcionamento, a empresa responsável mantém um funcionário trabalhando lá, coletando as cápsulas e encaminhando-as à Terra, além de fazer reparos necessários. Fazendo-lhe companhia, um robô chamado GERTY (dublado em inglês por Kevin Spacey) que circula pela base junto de Sam, ajudando-o no que for preciso (até mesmo cortando seu cabelo). Sam (interpretado pelo ator Sam Rockwell) começa a alucinar, vendo outras pessoas junto a ele na base e, qualquer coisa além disso, seria um spoiler desagradável.

Pensando no filme, me veio à cabeça um artigo que li (não lembro aonde, infelizmente) que afirmava que os portugueses e espanhóis tiveram mais dificuldades em colonizar o Novo Mundo do que nós teríamos em colonizar a Lua ou, especialmente, Marte. Por que, então, até agora não fomos pra lá?

A primeira resposta é, na verdade, outra pergunta: é necessário irmos até lá? A vida na Terra ainda é viável para nós e a economia não depende de objetos alienígenas. A segunda resposta é, talvez, mais polêmica: financeiramente, existe forma de ganhar dinheiro com lugares extraterrenos? Oras, a vinda dos europeus às Américas, sendo mais difícil, se justificou ao longo dos tempos. Os portugueses, por exemplo, precisavam manter controle sobre a rota marítima às Índias e, posteriormente, precisavam encontrar um substituto econômico para as especiarias, cujo lucro estava em decadência pela competitividade de rotas terrestres tradicionais. O lucro obtido com esses itens fazia valer a pena invadir um continente e tentar montar colônias ali, mesmo sabendo que lá existiam povos habitando e que eles iriam impor resistências.

Existem planos e projetos de colônias auto-sustentáveis: ao invés de mandar ar, alimentos, roupas e outros objetos da Terra para outros planetas, os astronautas em trabalho de campo teriam que se virar com o que tivessem à mão. Outros autores, como Dennis Wingo, acreditam que a exploração econômica de outros corpos ajudariam a resolver os problemas de pobreza e esgotamento de recursos na Terra (um pouco de veneno: a ida ao espaço seria consequência da manutenção de um modo de vida irresponsável e gerador de lixo).

Há quem diga que ir para a Lua e colonizá-la valeria a pena se utilizássemos nosso satélite como ponto de lançamento para outros lugares do espaço (a menor gravidade e ausência de uma atmosfera como a nossa tornaria viável economicamente a exploração do sistema solar); é uma pena que a ciência per si não seja motivo suficiente para ir ao espaço, como, aliás, Moon revela.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ritmos e modificações do espaço urbano

por Thiago Girino
Alguns fenômenos que ocorrem dentro do perímetro urbano podem alterar a sua forma e mudar a velocidade do fluxo de mercadorias, atuando assim de forma impactante no ritmo do espaço.
Entende-se como ritmo a circulação constante tanto de pessoas como de mercadorias, o que é primordial para a reprodução do sistema capitalista.
Sendo assim a cidade passa por um processo de transformação. O comércio 24 horas é um exemplo visual dessa mudança. Para que o comércio 24 horas possa permanecer ativo com sucesso, ele necessita de algumas "vantagens" que o espaço urbano deve propiciar. Dentro desse conjunto de vantagens estão as rodovias, estradas, ruas, avenidas, iluminação, segurança, etc. Desse modo, conforme a cidade vai ampliando sua mancha e tendo um desenvolvimento tanto econômico quanto social, a demanda pelo comércio 24 horas será fundamental para ampliação do lucro.
O sistema de funcionamento 24 horas está incluído na lista do que podemos considerar de "novas formas comerciais". Estes novos modelos comerciais surgiram no período do pós-Segunda Guerra, junto com a mundialização da economia e a homogenização do comércio.
O setor varejista (mais precisamente os hipermercados, supermercados e lojas de conveniência), são grandes agentes que determinam o ritmo e a transformação do espaço.
Na questão do ritmo por usarem o auto-serviço, pela quantidade de produtos de toda sorte, por dar condições para que o consumidor faça a sua "compra do mês" com o auxilio do automóvel, entre muitos outros fatores que potencializam o fluxo das mercadorias, esse tipo de estabelecimento altera não só o ritmo do capital, mais também o ritmo social. Economicamente, isso é bom de muitas formas para a reprodução do capital. Para Lefebvre (1991) o tempo pode ser dividido em três categorias:
* Tempo obrigatório: O trabalho profissional
*Tempo livre: O dos lazeres
*Tempo imposto: Das exigências diversas fora do trabalho, como transportes, das vindas, das formalidades, etc.
Embora as atividades praticadas entre esses tempos sejam diferentes, uma coisa é semelhante entre eles. Nos três períodos existe o consumo. Sendo assim, a necessidade da busca incessante do lucro faz surgir dentro do espaço pontos de produção e consumo presentes a todo instante (fator que se intensificou após a revolução industrial), visando a satisfação das necessidades, a opção de um horário confortável para o consumo e sem duvida a maior circulação de capital.
A transformação do espaço é fruto da necessidade de consumir. Se um estabelecimento com o poder de centralidade como de um shopping center ou um hipermercado se instala numa área periférica de uma região urbanizada, todo o espaço do entorno sofrerá modificações que irão favorecer e acrescentar a faixa comercial daquela determinada região. A transformação ocorrerá de diversas formas. A estrutura viária será melhorada e implantada de forma que favoreça a zona comercial. A partir disso o espaço será valorizado pelos benefícios recebidos, o que atrairá tanto o setor imobiliário quanto ao setor comercial.
No setor imobiliário a atenção é mais para a classe alta, pois a criação de espaços centrais chama a atenção de condomínios e casas de alto padrão.
Já o setor comercial vem para "complementar" a atividade comercial, oferecendo opções de consumo para que o consumidor possa ter múltipla escolha na hora de consumir. Nessa perspectiva temos o surgimento de teatros, salões de beleza, agencias de turismo, fast foods, teatros, frutarias, etc.
Considerações finais:
O ritmo imposto pelo comércio, que foi intensificado após a revolução industrial e a globalização e suas transformações espaciais atingem não só a mancha urbana mais também o cotidiano da sociedade.
Desse modo o tempo do ser humano começa a se limitar e se reduzir ao mesmo tempo em que o comércio tenta acelerar o ritmo do consumo, pois hoje entende-se o consumo como uma espécie de lazer esse fato é bem declarado quando entramos na questão do turismo.
Assim o corpo também sofre esses impactos, pois ás vezes por necessitarmos de mais tempo para o compromisso do que para as necessidades fisiológicas acabamos por defasar a nossa saúde, assim adquirindo, por exemplo, doenças como o stress, que pode ocorrer através do acumulo do cansaço.
Enfim, na situação atual esses ritmos e transformações continuam sendo exercidos pela necessidade da reprodução do capital e para o que se considera "desenvolvimento" humano, pois essa reprodução traz consigo a exclusão de parte da sociedade.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Da política em 2010

por Gustavo
Pela segunda vez em nossa curta democracia (em itálico, mesmo, pois não me parece ser uma democracia plena, já que não há em lugar algum o incentivo ao debate familiar ou coletivo sobre política), um presidente reeleito terá de deixar o cargo.

Na primeira vez que isso aconteceu, tratava-se do FHC. Contudo, em aqueles tempos, a população brasileira desejava mudança e, apesar dos esforços do Serra em se separar da imagem do então presidente, Lula foi eleito.

Neste momento, as coisas parecem indicar que a população brasileira deseja a continuidade do atual governo, tal a popularidade que o governo Lula tem. Não é possível saber qual será o efeito da equação Ciro-Marina sobre a popularidade de Dilma, mas me parece que quem vota nesses candidatos não vota em Serra.

Serra, aliás, faz o pior governo que eu já vi na vida. Parece-me que não há setor público satisfeito com ele: a segurança, a saúde e a educação estão sucateadas, e nem vou mencionar a cratera nas obras do metrô ou as enchentes que permanecem mesmo quando o volume de chuvas é baixo.

Deve ser por isso que, no carnaval, ele não está em São Paulo, mas em Pernambuco. Talvez ele esteja buscando aumentar seu nome dentro de um estado que parece muito ligado ao atual presidente, mas sempre fica a pergunta.. e se estivesse chovendo em São Paulo, como o eleitorado daqui veria essa viagem?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Trens pelo mundo

por Gustavo
Uma das coisas que mais me incomodam no Brasil é a ausência de ferrovias pelo país. Nosso relevo não impõe grandes dificuldades e nós não temos um solo pobre em minérios de ferro. Apesar disso, nós sofremos ainda com a escolha econômica feita nos anos 1950, a que optou pela rodovia como sistema de transporte padrão.

No meu mundo perfeito, a cidade de São Paulo não concentraria sozinha os nós ferroviários e, sim, grandes cidades do interior, como Sorocaba, Campinas, São José dos Campos e Santos, formando o quadrilátero ferroviário que distribuiria as ferrovias pelo interior. Como as ações do poder público não são as mesmas que o público gostaria, só me resta lamentar os pedágios na Castelo Branco, Imigrantes, etc..

Segue uma apresentação simples que eu recebi falando de trens ao redor do mundo. Suspirei quando vi os do Japão..


Tchékhov e Dostoiévski

por Gustavo
A literatura é algo interessante. Quando bem feita, serve de testemunho de um determinado modo de pensamento ou modo de vida e, por estar me aproximando de Revolução Russa em minhas aulas, me debrucei sobre estes autores.

Já tinha lido "Crime e Castigo" anos atrás, tendo utilizado várias vezes em minhas aulas, e confesso que minha aproximação a Tchékhov foi mais acidental do que consciente. Grande surpresa, o livro de contos "A Dama do cachorrinho (e outras histórias)" é simples e fala das pequenas coisas da vida, gritando sutilmente a vida pacata e simples, mesmo com suas pequenas tragédias. Recomendo "Anna no pescoço", gostei bastante.

Acho que vou comprar mais russos para ler.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Em três décadas, todos chegaram ao espaço

Por Gustavo
Três décadas atrás, aproximadamente, ligar para Santos ou São Paulo era problemático.

Nem todas as empresas tinham telefones próprios, mas, como a demanda era grande, havia todo um comércio em torno da linha: muitos alugavam linhas de telefone e cobravam valores muito próximos aos de aluguel imobiliário, por exemplo. Quando as empresas tinham à disposição a(s) linha(s) da Telesp, vinha o outro problema: conseguir realizar uma ligação interurbana. Muitas ligações ao mesmo tempo, um esperando que o outro terminasse a chamada para que ele próprio pudesse fazer uma ligação.. Telegramas, caros na época, ajudavam a comunicar com lugares mais distantes, mas não tinham a instantaneidade dos modernos meios de comunicação.

A modernização das comunicações (maior acesso aos fixos e invasão dos aparelhos móveis), o barateamento da informática (e, até certo ponto, as privatizações, no mundo em desenvolvimento) serviram para dar impulso a uma nova lógica, que muitos autores chamariam de sociedade da informação. Salas de bate-papo, ICQ, MSN, Orkut, etc., vieram depois, e a internet foi cada vez mais ganhando um sentido para a grande população. A conectividade era o grande chamariz.

Muita gente não vê utilidade no Twitter, e eu sou um deles. Essa lógica de escrever muita coisa com poucas palavras é para poucos, e esses poucos definitivamente não perdem seu tempo no Twitter. Àqueles muitos que não conseguem, resta colocar escrever mensagens incompletas (às vezes indecifráveis, dadas as abreviações constantes), links para seus blogs pessoais ou.. usar imagens.

Nada mais significativo do que um astronauta postar fotos da Terra, tiradas em órbita, em seu Twitpic.